quarta-feira, 17 de março de 2010

5º dia - Itaparica






Amanhecemos preparados pra fazer o passeio de escuna para a ilha de Itaparica, mas devido à uma confusão - nossa e do cobrador - chegamos ao terminal marítimo daonde saia o ferry boat, e não a escuna. Fomos mesmo assim, o ferry é só 4 pila. Chegando lá, pegamos um táxi até a praia da Ponta de Areia (ou seria ponta negra? não lembro mais...), que fica a 9km do porto, e com ruas bem abandonadas.
Chegando na praia, é lindo. a água verde azulada, mansinha mansinha. Comemos umas iscas de peixe frito, q com uma porção de arroz e muita farofa, deram um belo almoço. Depois entramos na água...ah, não dava vontade de sair nunca mais! você entra mais de 10m pra dentro do mar e não afunda mais que até a cintura, e a água quente! uma delícia. E claro, transparente que dá pra ver o pé lá no fundo.
Depois de enrugar naquele imensa piscina natural, fomos caminhar pela praia, mas chegando numa parte um pouco mais afastada do movimento, um rapaz nos avisou que não seria seguro continuar, ainda mais com a máquina a tira colo. Íamos voltando quando ele nos perguntou se não gostaríamos de voltar de escuna, por 20 reais o casal, uma barganha, já que o passeio todo de escuna sairia 70 pra cada um. Combinamos que sairiamos com eles, e voltamos pro restaurante onde estavam nossas coisas pra fechar a conta e sair. Um rolo com a dona do estabelecimento - ela achou que a gente tinha fechado a volta com o taxista, que o cara da escuna estava "roubando" os turistas...enfim, não tínhamos fechado com o taxista, e a volta de escuna sairia muito mais em conta, então deixamos pra lá e voltamos.
Na escuna só tinha gringo, bem dizer, e fomos até o terminal de salvador (terminal do comércio, de onde deveríamos ter saído de manhã, ao lado do mercado modelo), tomando banho de água salgada por causa do vento e das ondas...aah, relaxante...mas meio grudento, ainda mais pra quem só tinha aquela roupa e tinha que voltar de ônibus pro hotel! mas férias é assim mesmo, tudo é diversão...
Pra comemorar o dia da mulher, o Gui pagou um jantar chique pra gente num restaurante japonês: yakissoba de frutos do mar, com direito a lula e polvo, aff. Mas tava uma delícia! não tinha como acabar melhor esse dia só das mulheres...

4º dia - Praias!






No quarto dia, estávamos cansados de pegar ônibus, e meio sem idéias. Passamos a manhã na barra mesmo, fizemos trança raiz com nosso amigo que conhecemos no primeiro dia - mto interessante, assim q botamos o pé na areia, foi a primeira pessoa que vimos.
Almoçamos no subway (que é gostoso, so lado do hostel e aceita vale alimentação) e saímos andar pela beira-mar. Passamos por Ondina, onde tomamos um ótimo banho de mar e conhecemos uma senhora muito simpática de João Pessoa, e depois andamos até a praia do Rio vermelho, onde vimos o pôr-do-sol e comemos um acarajé. Estava muito muito calor, e apesar do bairro do rio vermelho ficar a 3km da barra, andando pela beira- mar - onde tínhamos que desviar, subir e descer, por causa das pedras - andamos muito e chegamos em casa com os pés cansados, mas muito contentes com tantas vistas bonitas e conversas, conversas, silêncios e conversas.

domingo, 7 de março de 2010

3º dia - 06/03 - Arembepe

Seguindo a dica de um velho hippie que conhecemos em Itapuã, fomos visitar Arembepe, que fica no município de Camaçari, região metropolitana de Salvador. Lá está a maior aldeia hippie da américa latina. Pegamos o ônibus da Barra até São Cristóvão (lugar caótico), e de lá, o Arembepe, que para na simpática pracinha da cidade. Arembepe é a típica cidade litorânea pequena, como Morretes. Andamos um pouquinho e já chegamos na praia. Seguimos caminhando pela beira-mar, uma praia bonita, quase deserta. O mar tem recifes grandes onde as ondas batem com força...água mole em pedra dura =) No caminho, encontramos umas estacas, que descobrimos ser para demarcar os ninhos de tartaruga marinha - elas escolhem um lugar para desovar e sempre voltam pra lá. Fomos conhecer o Projeto Tamar, e ficamos encantados com as tartarugas. Uma delas subiu até a superfície do tanque, como que atraída pela gente (na verdade, ela parecia estar olhando pro Gui). As fotos mostram ela bem de pertinho, linda. E as pequenininhas, que graça, não dá pra imaginar que elas fiquem do tamanho daquelas grandes. Seguimos para a aldeia hippie. A vila foi "descoberta" na década de 60, e visitada por famosos como Janis Joplin, Mick Jagger e Raul Seixas. Encontramos um espaço com casas de telhado de palha, meio em mal estado, mas com um clima bem bacana. Conversando com uns hippies velhos, descobrimos que na vila, hoje, moram umas 50 pessoas, entre crianças e adultos, e mais o pessoal que vai e vem. Lá eles vendem seus trabalhos manuais pros turistas - com preço e$pecial, já que é a casa deles. O diferencial é a praia paradisíaca onde eles estão, muito bacana. Vários moram em barracas, num clima bem amigável, a gente vai entrando por tudo que é canto, sempre com um convite de "'cê fica a vontaaaade" (em baianês). Depois de visitar a aldeia, voltamos em passo rápido (sol ardendo nas costas) pro centro de Arembepe, almoçar e seguir pra Praia do Forte. Mas a moqueca que pedimos pro almoço demorou um tempão pra ficar pronta e acabamos ficando só em Arembepe mesmo. Apesar da demora, valeu a pena, comemos muito e saímos de lá empanturrados. Como entrada, experimentamos a tal da Lambreta, que é nada menos que um marisco como os comuns daí. Ainda tomamos um banho de mar - os recifes formam piscinas naturais, uma delícia - antes de sair na chuva pra pegar o ônibus de volta. Até São Cristóvão tudo certo, mas o segundo ônibus que pegamos fazia um caminho diferente do que fizemos na ida, e acabamos nos confundindo com a parada. descemos no lugar certo, o Shopping Barra (imenso, aliás), mas não tínhamos a menor idéia pra que lado era o hostel. Com uma conversinha - os baianos adoram conversar, você começa a contar história eles já se interessam, continuam falando e falando. Tão mais fácil que em Curitiba... - descobrimos que o hostel era a algumas quadras dali, e chegamos rapidinho, mas bem molhados de chuva. Desde o começo da tarde estava acontecendo shows na praia do forte/farol, em homenagem ao dia da mulher, e melhor: na areia, de graça!! Fomos pra lá depois de um relax e nos deparamos com uma superestrutura, idealizada pelo Governo da Bahia. Ia ter até palco flutuante, mas a chuva não permitiu. O Projeot se chama estica verão e praia 24h, bem organizado e policiado. Uma pena não ter isso em Curitiba...apesar de "nos acharmos" uma grande capital, ainda temos muito o que crescer. Assistimos uma roda de capoeira, com uns jogadores com um alongamento digno de professor de yoga. Em seguida, conseguimos um lugar muito bom pra ver o show da Isabela Taviani, nascida em Salvador mas que hoje mora no Rio. A mulher arrasou, uma voz tremenda, tanto pra baladas românticas quanto pra pauleiras roquenrrou. Uma voz grave que lembra muito a Zélia e a Ana Carolina, e uma presença de palco fantástica [escute em http://www.myspace.com/isabellataviani1 ]. Reparamos alguns casais de mulheres com mulheres...e nos chamou a atenção. Começamos a procurar e contar, vimos mais de uma dúzia! Abraçadas, se beijando, bem incomum em Curitiba, mas que aqui parece bem comum, e nem um pouco "desaprovado" pelo povo. Depois que a Isabela cantou uma música que falava sobre o amor de duas mulheres, aí entendemos o motivo desse público. Vimos alguns casais de homens também, mas menos que de mulheres. Em seguida (depois de uma hora de espera), teve o show da sandra de Sá. O show foi muito bom também, ainda mais por ser na praia e em Salvador!! "bye bye tristeza, não precisa voltar" =)

2º dia - 05/03 - Passar uma tarde em Itapuã...

Como fala a música, fomos buscar a felicidade, calor, amor e a morena em Itapuã. É longinho daqui indo de ônibus, mas com essas modernidades frescas de ônibus com ar condicionado, é moleza. O ônibus vai pela avenida oceânica, por isso passa por toda a orla de Salvador, um visual bem bonito.
Estava nublado, descemos numa praia antes (Piatã) pra ir andando, mas o tempo e o cheiro de praia com lodo não tava ajudando muito - depois que se ve uma água verde como a daqui da Barra, a gente fica exigente. Chegando a Itapuã - reconhecemos pela sereia bizarra na pedra...espero que a morena de itapuã não se pareça com a sereia!hahaha! o sol apareceu e a gente começou a achar as coisas mais bonitas. Deixamos nossas coisas (a mochila e um berimbau recém comprado)num quiosque na beira da praia - a dona do lugar, a Sandra, explicou que naquela região tem muito "malandro" e que era melhor deixar as coisas lá dentro.
O mar em Itapuã é brabo, uma descida grande, a areia é mole e afunda, o mar fica num buraco e só te dá caxote, tomamos um banho rápido. Comemos uma porção de bolinho de bacalhau com cerveja, tava muito gostoso. Mas de repente começou a chover. Nos escondemos dentro do quiosque da Sandra, junto com mais dois caras que tavam bebendo cerveja por lá - um deles que ficava cantando a Sandra, muito engraçado, bêbado bêbado. Ficamos mais um tempo por lá conversando com os baianos mais que simpáticos e hospitaleiros. Com a chuva cessando (como dizem os baianos) saímos pra pegar o ônibus e voltar pro hostel.


sexta-feira, 5 de março de 2010

Salvador - 1º dia - 04/03





Acordamos cedo, tomamos um banho (eu nunca tomo banho de manhã, mesmo qdo faz mto calor. então imagine como está aqui!!) e um café, simples mas suficiente: frutas, limonada e pão com molho de cachorro-quente. Acertamos as coisas com o pessoal do hostel (falaram q o cara da noite nunca sabe de nada...mas pq não tinha o nosso nome na tabela de quartos? baita desorganização...) e saímos pra conhecer a praia mais próxima, a barra, que fica entre o morro do cristo e o farol do forte de santo antonio, cartão postal de salvador.
Segundo os cálculos do Gui, fazia um ano que ele não entrava no mar. E nada como curar essa seca com um mar desses: a água verde azulada, as pedras/recifes formando piscinas de água quentinha e cristalina! dava pra ver o pé e até os peixinhos, inclusive um roxinho, q parecia peixe de aquário.
Fomos até um quiosque ao lado de umas pedras, de frente pro mar, tomar uma cervejinha e comer alguma coisa. Acabamos almoçando por lá, um peixe vermelho mto bom (mãe, vermelho não era o nome do peixe q a gente comeu la em natal?), uma porção de camarão q um cara passou vendendo - só cozido, com óleo e limão - e como sobremesa um picolé de Umbu e outro de Cajá...sabores nordestinos, oxe!
entramos mais um tempão na água, andamos bastante e voltamos pro hostel, desmaiar de cansaço por mais de uma hora. Brincar com água cansa, já dizia minha mãe.
Sobre a simpatia das pessoas, é bem o q falam, os baianos são mto atenciosos e simpáticos. Mas chegamos à conclusão que só são assim os que precisam vender, os que já estão com o produto ganho, agradando ou não o cliente - caixa de mercado ou atendente do subway - nem olham na nossa cara, como os "bons" curitibanos.
Qdo estávamos no mar, o gui acabou pisando numa espécie de ouriço que fica na pedra (pinauna, q eu me lembre) e os espinhos entraram no dedinho do pé e na sola. Tiramos com uma agulha um baita espinho mais grosso q um alginete =p
No mais, tomamos um suco na rua - jaca/engraçada e cacau/me lembra mcdonalds e dormimos cedo pra descansar o corpo (agora entendo a moleza dos baianos, ao som do blablablá dos gringos do hostel...só tem gringo aqui!!

Salvador - a ida

Nossas passagens de leilão eram pro voo saindo de Curitiba às 20h, parando em BH e seguindo pra Salvador, com previsão de chegada pras 23h30.
O Gui nunca tinha andado de avião, e a Helena, empolgada em excesso, não paráva de falar e mostrar as novidades, hehe. Nunca tinha voado pela GOL, que lanchinho mais sem graça...enfim, pelo preço da passagem...
Ficamos meia hora em Cofins pra fazer a conexão, e estando em Minas, comemos um pão de queijo (q é industrializado e provavelmente não é feito em minas, mas paciencia). O voo pra Salvador foi mais tranquilo, mais longo tbm (ficamos jogando dama no tabuleiro de bolso do Gui - presente meu - já q ele não lembrava como montar as peças pra jogar gamão), mas o tempo estava melhor na hora do pouso e pudemos ver Salvador de cima, suas luzes e as ruas muuuuito tortas, bem pior que o centro cívico, hahaha...bem, oq poderíamos esperar da primeira cidade do país?
Muito calor, 1 da manhã e tava 29°C!!o táxi-facada até o hostel, e o negão armário que nos recepcionou...e a surpresa qdo nosso nome não estava lá na tabela de quartos..."ué, mas vcs fizeram a reserva mesmo? não tem nada aqui...". Ficamos num quarto pequeno, mas que era bem o q pedimos e o q precisávamos: cama, ventilador e banheiro. Foi a noite mais quente da minha vida, sorte estar tão cansada. Cansada mas feliz :)